quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ciranda.

Eu nunca (nunca mesmo!) tive paciência com crianças  ,mas por uma grande brincadeira da vida comecei á conviver diariamente com uma "bela" turminha , uns 15 anjinhos, e apesar de toda a minha resistência inicial, aquelas pessoinhas foram me cativando, e eu , que estava numa fase meio  deprê comecei a aguardar com certa euforia a hora em que me encontraria com minha "morfina emocional"...Tenho agora retida na memória  a cor rosada de um rosto quase europeu ,o som estridentemente feliz de uma voz quase incompreensível, um olhar meio vesguinho repleto de ternura, umas bochechas gordinhas que viviam sendo espremidas por um enorme e constante sorriso ,o sotaque daquele garotinho de mãos inquietas, o rostinho de pele alva que sempre tinha pontinhos vermelhos (acho que eram pernilongos), a menina delicada que parecia boneca de porcelana ,aquele terrível, terrivelmente apaixonante menininho peralta, há...  e aquele abraço de bracinhos tão frágeis que eu tinha medo de quebrar...e eu nunca, nunca mesmo , poderei  apagar a ciranda desses pequenos diante dos meus olhos, ciranda que agora é embalada por uma única cantiga....como poderei viver, como poderei viver...sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia...

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